terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Beta

 

"Estive doente
doente dos olhos, doente da boca, dos nervos até.
Dos olhos que viram mulheres formosas
da boca que disse poemas em brasa
dos nervos manchados de fumo e café.
Estive doente
estou em repouso, não posso escrever.
Eu quero um punhado de estrelas maduras
eu quero a doçura do verbo viver."

(De um louco anônimo)
Posted by Picasa

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

os discos voadores








Caetano, eu tive a chance, mas não podia.
preciso voltar a tomar meus remédios.
cada vez procuro menos discos voadores no céu
enquanto na terra os humanos me iteressam mais

olhos olhares cores volumes saliências
cheiros cheiros cheiros
nucas
bocas
pés
vozes falas musica te ouço ao pé do ouvido
halitos

ai Caetano, assim eu vou me dar mal
preciso me dar mal
não sei fazer de outro jeito

acho que estes são os discos voadores de que você fala

flying saucers, elephant guns, eleanor rigbys
laughing till my head comes off

I don't want to be john Malcovich.
I want to be me.

rindo ... até minha cabeça sair.
pegue o dinheiro e corra
antes da era do gelo que chega logo.

mulheres e crianças primeiro.
depois você Caetano.

Antes que esse teatro desabe sobre nós
antes que o fogo entre por esses corredores
com carpetes coloridos
e pessoas com roupas e cabelos exóticos corram
desesperadas por suas vidas

vamos então um pouco no telhado
olhar o céu

qualquer hora eu vou acordar
e fazer faxina no quarto
e depois ler um pouco de Caio F.
antes de chegar a próxima visita
ou chegar a era do gelo

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

domingo, 30 de novembro de 2008

a parte boa da festa


se chorar, eu te abraço / se sofrer, seja forte / se sua luz apagar, vou te acompanhar / estou aqui, estou aqui / se cair, eu te acolho / deixe a dor no passado / quando o medo surgir e o inverno chegar / estou aqui, estou aqui / vou estar aqui, junto contigo, sempre que você quiser / me surpreender, de tanta alegria vou enlouquecer, sair do chão / ir mais além do que sonhei / posso estar errado, ter perdido a razão / parece irreal, não há explicação / se me evitar, eu perdôo / quero ser seu pra sempre / nesta festa, só me resta, implorar o seu amor / estou aqui, sempre aqui

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

me ha puesto los pelos de punta



Antônio, mi inspiración.
Ramón é mais eu do que eu sou ele.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

um bom dia para você! e pra você também



É caetano, a vida segue calma e perfeita.
Mas nós ainda estamos aqui olhando pro céu a procura de discos voadores...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

todo homem mata aquilo que ama

Lyziane – Você está sozinho no mundo. A noite cobre a solidão de um espaço sem fim.
Como uma imagem espelhada do seu irmão você vive na sua solidão dupla.
Você me chateia. Não há razão pra esconder. Sua semelhança me mata. Estou farta das suas obcenidades! Certo? Suas obcenidades! Você acha que eu não sei ? Estou farta disso. Vocês só olham para si mesmos. Eu nem existo para vocês! O que sou eu então. Onde me encaixo? Você só vive nos olhos do seu irmão. Dentro dos olhos do seu rimão, dentro do seu irmão. E ele vive dentro de você. Não há espaço no meio disso pra mim. Estou na porta. Sou gorda demais. É isso! Sou gorda demais!

Narrador- Sua mente estava toldada pelo indescritível derretimento daqueles dois corpos musculosos e vigorosos. Ela tentava encaixar a massa suave de seu corpo entre eles.

Lyziane- Robert, encanto do meu coração. Eu gostaria que você ficasse sozinho comigo uma vez. Você me faz infeliz. Temo por você. Temo que você não seja mais livre.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

porque ainda me permito perder a voz

para que você não me ouça
para que você me veja

Eu te encontro com lágrimas vermelhas
Nos olhos
Pergunto o seu nome
E você não responde
Deveria eu chamar um médico?
Antes eu temo que você esteja morto
Mas eu apenas deito ao seu lado
e seguro a sua mão

Eu me apaixonei por você
Agora você é meu, único
Porque na minha vida eu tenho sido tão triste
Mas nesse momento você me preenche

Agora eu vou dizer para todos os meus amigos
Que eu me apaixonei por um menino morto
Vou dizer para minha família
Queria que vocês o tivessem conhecido

Agora escrevo cartas para a Australia
Agora eu lanço garrafas ao mar
Sussurro esse segredo na terra
Ninguém vai tirar você de mim

Me apaixonei por um menino morto
Oh, que lindo menino

Lindo menino
Estou perguntando
Você é menino ou menina?
Você é um menino ou você é uma menina?

Você é menino?
Você é menina?
Você é menino?
Você é menina?
Você é menino?
Você é menina?

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

você sim, você eu respeito.


Liv Ullmann.
mulher
atriz
humana

imensa
sua vida não foi nada ordinária,
mas depois eu falo melhor de você.
pra eles
que não te amam
só porque não te conhecem.

C8H11NO2 saudade de quando amar estava na moda


e ser feliz não era só um hormônio que corre no sangue
foto por Renato Mangolin







Em cartaz no Centro Cultural Desculpa, mas eu sou chique - Rua Alice 75, em Laranjeiras.
A temporada acontece do dia 08 até o dia 30 de novembro. Sábados às 21:00hs e Domingos às 20:00hs. Ingressos: R$10,00 (preço único).

vai começar a pornochanchada

domingo, 19 de outubro de 2008

sábado, 18 de outubro de 2008

sobre você e eu e quem ainda vem

Agora quem chorou fui eu








You are my sister
Antony

Você é minha irmã, nós nascemos
tão inocentes, tão cheios de necessidades
vezes fomos amigos mas vezes eu fui tão cruel
tinha noites que eu te pedia para vigiar meu sono
tinha tanto medo da noite
você parecia transitar pelos lugares que eu temia
vivia dentro do meu mundo tão suavemente
protegida apenas pela bondade da sua natureza

Você é minha irmã
e eu amo você
que todos os seus sonhos se tornem verdades

Então nos sentimos tão difrentes
e tão parecidos ao passar dos anos
a forma como ríamos, que experimentávamos a dor
tantas memórias mas ninguém para culpar
Mas não há mais nada a se ganhar em lembrar
faces e mundos que ninguém jamais vai conhecer

você é minha irmã
e eu amo você
que todos os seus sonhos se tornem verdades
quero isso para você
e eles vão se tornar reais

aos meus amigos








preciso de outro lugar
será que lá haverá paz?
preciso de outro mundo
esse aqui está quase acabando.
ainda ter muitos sonhos
sem nunca ter visto a luz
preciso de outro mundo
um lugar para onde possa ir

vou sentir falta do mar
vou sentir falta da neve
vou sentir falta das abelhas
vou sentir falta das coisas que crescem
vou sentir falta das árvores
vou sentir falta do som
vou sentir falta dos animais
vou sentir falta de todos vocês

preciso de outro lugar
será que lá haverá paz?
preciso de outro mundo
esse aqui esta quase acabando.

vou sentir falta dos pássaros
cantando todas essas canções ao vento
como um beijo demorado.

antony and The johnsosn - another world

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

faz uma semana


e ainda não acabou.
agora você me entende ?

Ae pra tu


Festa selvagem.

Ta ainda pensando?


Porque ja nao comecou?

Ae Pardal


To na pista! To blogando.

sábado, 11 de outubro de 2008

gimme some pelvis


let's do the time warp again this summer ?

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

por favor me ame

olha o que eu sei fazer

Björk & Antony - Dull Flame of Desire






domingo, 5 de outubro de 2008

hoje é sem título

não vou me consumir nessa manhã pra te achar. não vou revirar pastas e pastas de papéis e documentos pra te achar.
cartãozinho maldito que outros brigaram pra que eu tivesse.
hoje eu tenho uma OBRIGAÇÂO.
podem dizer que lavo minhas mãos e empurro a minha responsabilidade pra outros, mas prefiro acreditar como venho acreditando há dez anos que eu vou lá e choro enquanto anulo, esse direito que tenho de ser obrigado a acreditar em você.
EM LETRAS GARRAFAIS EU CHORO.
LÁGRIMAS CORREM E MEU ESTÔMAGO SE REVIRA PRA DIZER.

EU NÃO ACREDITO EM VOCÊ.
EU NÃO ACREDITO NA SUA VOZ LUGUBRE E NOTURNA QUE PROMETE.
EU NÃO ACREDITO NESSES OLHOS QUE TREMEM DE UM LADO PARA O OUTRO ENQUANTO VOCÊ Lê ESSE DISCURSO VISCOSO NO TELE-PROMPT.
NÃO ACREDITO NOS SEUS BEIJOS, NO SEU V DE VITÓRIA.
NÃO ACREDITO NOS SEUS NOVE OU DEZ DEDOS QUE ACENAM DE CIMA DE UM CARRO.
NÃO ACREDITO NESSA TAL DEMOCRACIA DE CABRESTO.
NÃO ACEITO SUA LIBERDADE QUE ME PERFURA O CÉREBRO QUANDO DOU CONTA QUE NÃO TENHO PARA ONDE CORRER.
NÃO ACEITO ESCOLHER O MAIS OU MENOS PELA SIMPLES FALTA DE OPÇÃO.
AMALDIÇOO VOCÊ E A SUA FAMÍLIA NOJENTA DE PREDADORES OPORTUNISTAS.
QUE OS CABELOS ESCOVADOS DAS SUAS FILHAS CAIAM NOS SALÕES DE BELEZA IMUNDA QUE TENTA DISFARÇAR A PODRIDÃO DO SEU INTERIOR COM CASCAS LISAS E FINAs.
QUANDO VOCÊ ABRE A SUA BOCA NA TV, EU SINTO O SEU HÁLITO DE MORTE.
EU VEJO SUAS CASAS, SEUS ALMOÇOS DE DOMINGO SUAS FAMÍLIAS DECRÉPITAS SEUS NETOS GORDOS PULANDO NA PISCINA CONSTRUÍDA COM A DOR DESSE POVO BURRO.
SEU SORRISO FORJADO EM AMARELO...
SEU OLHAR VITREO NESSA PLACA MOSTRA A VERDADE POR TRAZ DA SUA MÍDIA.
QUE SEU NÚMERO DE CANDIDATO SEJA O NÚMERO DE CHICOTADAS QUE VOCÊ VAI TOMAR DIARIAMENTE NO INFERNO.
QUE VOCÊ SEJA AMARRADO NAS SUAS BANDEIRAS E SEJA QUEIMADO NUMA FOGUEIRA FEITA COM TODA ESSA IMUNDÍCIE QUE TODO ANO VOCÊ DESPEJA PELAS RUAS.

CHEGA DE ME FAZER MAL.

HOJE EU DECLARO MAIS UMA VEZ A MINHA INDEPENDÊNCIA, COM AS ENTRANHAS EXPOSTAS DE TANTO NOJO.

MINHA SESSÃO É A DE NÚMERO 171, E NÃO VOU PROCURAR ESSE DOCUMENTO PRA VOMITAR EM CIMA DAQUELA MÁQUINA A MINHA DESILUSÃO E MINHA REVOLTA.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

quero ser Kazuo Ono


Eu estava deitado na minha cama ontem à noite olhando
para um teto cheio de estrelas
Quando de repente descobri
que tenho que fazer você saber como me sinto.
Nós vivemos juntos em uma fotografia do momento
Eu olho em seus olhos
E os mares abertos para mim
Eu digo que amo você
E que sempre amarei
E eu sei que você não pode me dizer
Eu sei que você não pode.

Então, me resta coletar
As dicas, os pequenos símbolos de sua devoção.

E eu sinto seus punhos
E eu sei que é por amor
E eu sinto o seu chicote
E eu sei que é por amor
E eu sinto olhos e furos que queimam
direto através do meu coração
É por amor
É por amor

Então eu aceito e recolho no meu corpo
As memórias de sua devoção.

Dá-me um pouco mais de amor sério
Dá-me um pouco de amor pleno
Esteja cheio de amor

Punhos, punhos, punhos cheios de amor ...

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

melodia de sonho esquecido

sonhei que estava numa praça com umas pessoas decidindo onde tomar um café. queria um lugar que tivesse café e um bolo gostoso para comer junto.
aí você passava, dirigia um carro de bombeiro e dava duas voltas em redor da praça, o carro tinha uma caixa de som
que tocava uma música triste de algo que tinha acabado.
as pessoas choravam ao ouvir a música.
eu chorava, e caminhavamos em direção ao carro.
em cima junto de você um homem loiro chorava muito
tentando cantar junto num microfone, em quanto você servia cachorro quente pras pessoas que subiam.
eu tentava cantar mas não conseguia porque me comovia aquele homem que chorava tanto como se o algo que acabou, fosse alguém que tivesse acabado, ou se acabado.
tinha outras coias no sonho, mas não me lembro quase nada além disso.
os rostos das pessoas são vagos na minha lembrança, só o seu é nítido.
tinha a cara de quem faz algo com certeza do que faz, como nas vezes que te vejo em cena e você não hesita. no sonho você estava inteira em cima daquele carro.

sábado, 20 de setembro de 2008

um dia ainda fujo com o holiday on ice


era minha fantasia de infância.
a minha versão pro famoso fugir com o circo.
hoje em dia quando esse pensamento volta eu vou pra lapa.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

blue note (anotações de um diario triste)

monsieur CHOPIN Piano Sonata 2 oP.35 MOV 3 (NOVAES)







uma nota solitária entre duas pausas, uma nota que prepara. no meio da morte, entre uma morte e a outra.
meu nascimento foi uma morte. minha vida é essa nota e minha morte é o prelúdio que abre nada.
a nota que prepara e não resolve. uma vida inútil. Pra que serve a música? Não se luta com um violino na mão. essa nota sou eu. A mais fraca de todas. a que mal acaba de nascer e já morre. que surge no meio de duas mortes.

Como suportar um dia de esquizofrenia

Para ler ao som de Bach/Silotti transcriçao para piano







Acordo na solidão de quem lembra que sonhou que umas pessoas estiveram em casa e a solidão vota a ser plasma. Saio .Daí procuro me dar ao mundo talvez um braço ou talvez a vesícula bilear, verde – esperança – distribuo meus órgãos internos. Volto. Chego quase oco em casa e dou feliz ano novo ao vizinho em pleno dia cinco e digo que ele aparenta estar melhor e ele diz ser só a aparência . sou obrigado a concordar, falo de mim mim mim e no final decido jogar um rim , por cima do muro. (quase rimou) sei que digo que uma hora tenho de começar a faxina e chego na cozinha onde lembro ter deixado, como numa outra premonição atrasada. Sento. Ouço um órgão de registro aberto. Entro , e o registro se fecha.... lembro que deixei um gordo tocando algo quando saí. Quando entro ele toca Bach e o vento que sai dos tubos do órgao me lançam ao céu e numa harmonia polifônica de alguma forma me põe frente a frente com Deus. Ele então sorri e percebo que é um homem que toca um piano de armário numa sala de teatro vazia num bairro do subúrbio. Tem cabelos ondulados onde me escondo. Toca algo de Bach que me revela o divino no homem. Sorrio para ele e me sento no lugar mais privilegiado da sala e fico feliz porque amo e sou amado. Aos poucos percebo que não estou só . Existe uma platéia de morcegos pendurada no teto. Teno ignorá-los... se agitariam e aplaudiriam Liszt. Obrigado Bach! Sei que de alguma forma aquele órgão supriu a ausência dos órgãos distribuídos pelas ruas sujas e alguns arrancados até.

algo melhor do que se apaixonar?









fazer um novo amigo de infância. melhor...
são luiz ta saindo melhor do que santo antônio.
ps. ESSA FOTO É MINHA ! heheh

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

não sou não quero ser e tenho raiva de quem é

nem escritor, nem poeta, nem intelectual, nem culto, nem cultuado,nem inteligente, nem bonito, nem tenho talento ou bom gosto pra isso. não me agrada o publicável, as capas nem o autoral editável. gosto do toque do papel cru. nunca li um livro até o final, porque prefiro o seu cheiro, seu tato, como fica bonito na estante, -olha como se ilumina quando queima numa fogueira, parece uma música crepitante não gravada que desaparece para sempre depois que a corda do piano para de vibrar. -olha a música do piano que queima. sente as dissonancias das cordas que arrebentam com força. tento não ser cinza num mundo cinza. "o mais importante é a cinza do que a matéria intacta." não tenho vocação para o cerebral porque o meu corpo reage sozinho aos cheiros, sabores, imagens e sons que se tansformam em momentos. com custo como custo. duram o tempo de sua existência, depois queimam, passam, tornam-se cinzas. a loucura em minhas veias deixo jorrar, quando ferido. dar luz, dar a luz, luz que não clareia mas torna mais escuro o olho de quem vê. não quero provocar, porque simplesmete não quero. não quero explicar porque não quero as coerências deles. não quero a razão porque os recalques precisam ser quebrados. prefiro o movediço à fundação sólida, prefiro as texturas porosas em contato com minha lingua amarga. me agrada a lama. me agrada a liga dos ovos e o viscoso que desliza. os sons crus as vozes roucas e o as almas encardidas de pecado sem culpa. não quero esse sono tranquilo que tenho induzido, porque não tenho a pretensão de organizar a liberdade. não quero quadros ou esquadros ou linhas retas ou sinuosas porque a meus olhos não se adaptam a imagens planas. quero as texturas, quero o tijolo poroso que gruda na minha lingua. quero barro seco que levanta pó e vira lama na chuva. quero a substancia mutável. quero as madeiras secas que queimam facilmente, o cheiro do apodrecimento das folhas no bosque úmido. quero . não preciso, só quero.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

corpo estirado

Aquela hora da manhã, atrasado como todos os dias estressado depois de 30 minutos esperando ao sol escaldante eternamente o viu. Estava lá estirado ao sol como nós esperando. eternamente esperando. O mau humor das pessoas era presente como corpos que multiplicava, dobrava, triplicava a multidão. –Alguma coisa aconteceu na Brasil. lembrei de ter ouvido na noite anterior alguém dizendo que um homem se jogara da ponte. Onde estará agora? Onde estarei agora? Só sei que ele estava lá. Estático úmido da noite de chuva, ha quanto tempo? Sua cor marfim se misturava ao ocre da sarjeta, pelos colados barriga inchada. Esperava? O que? Quem?
E a multidão se multiplicava. Nem era tão cedo, as lojas de bugigangas já vendiam colares e brincos da moda, moda estranha cores e formas estranhas. O homem de terno me apontou ele. –Está dormindo na sombra. Sim havia sombra. Seria a morte luz ou sombra? Seria a morte do suicida luz ou sombra? Ambos úmidos, um dormia placidamente esperando uma vassoura e com sorte uma mortalha plástica para conter o odor de sua putrefação, o outro talvez inchado e roxo. Marfim ocre roxo, talvez esverdeado. Cores da moda. Seus corpos sem vida esperavam. o que? Suas vidas antes do fim esperavam. O que? A multidão esperava. o que?
Um gato morto na sarjeta, uma multidão que agora aliviada entrava no ônibus e esperava. o quê? Trabalhariam, e ao fim de oito horas esperariam para voltar para casa. E os dias se repetiriam. Com uma ou outra variação. Talvez no dia seguinte seria um rato ou um cachorro ou uma criança na beira da estrada, marfim ocre, e a multidão esperaria eternamente. O que?

lembra manhã

Você lembra daquela noite quase de manhã, eu te levei ao topo daquela arvore majestosa e te mostrei o dia nascendo, despertando lentamente. Quem é? Quem é? Duvido? Tá , mas ouvimos cantos xamâs durante a noite na voz de uma sábia anciã cantante e ouvimos e vimos todas as estações num vôo rasante sobre o século dezoito para uma pista de pouso clandestina (podia-mos ser abatidos) mas ao invés de ouvir o rádio que nos pedia identificação, ouvimos Vivaldi enquanto te mostrava o dia como estava lindo e alguém perguntava incessantemente: Quem é? Quem é? Pousamos então no sétimo monte onde era primavera na época do ano e fizemos exames e te enfiaram num túnel e esquadrinharam sua medula e era tudo preto, e você e eu nos resumia-mos a tristes vampiros na terra como um outro imortal qualquer. e descobrimos que não precisávamos de aviões ou tecnologias. que podíamos voar e experimentar não só a primavera mas todas as outras estações pois como já foi citado o tempo também não era barreira e subliminarmente Vivaldi falava de como você deve agradecer por tudo, e naquela manhã você estava comigo no topo da vila cósmica olhando o céu ouvindo os pássaros e galos e sentindo o vento e naquele momento éramos sábios, parafraseando um anjo que me soprou no ouvido como uma melodia e agradecemos porque nos sentíamos gratos pela noite anterior quando salvamos nossas almas do vício do egoísmo e só não deitamos no divã da lua porque já era dia, apesar de ainda não ter sentido o calor dos raios do sol um pouco sufocados por algumas nuvens da aurora ou aquele monte que combinamos naquela hora que subiríamos um dia para simplesmente descobrir o que havia por traz dele, se de lá poderíamos ver o Japão.
Sim, naquela hora fizemos aquela antiga oração, mas antiga que a nossa própria existência:
_Que sempre, sempre sejamos sábios como crianças e ingênuos como os velhos.

E éramos...crianças e sábios...no topo daquela árvore quando os raios do sol finalmente alcançaram nosso corpo, enquanto o mundo dormia.

Mapa do tesouro

A chave está no lugar
Onde eu plantei aquela
Semente de cajá que
fez o solo sangrar com
seus espinhos.
Solo sagrado,
profanei o Sagrado!
Alma frondosa, árvore
de cajá pesada.
nasce do meu coração
e crianças brincam nela
e se alimentam e sobem para
pegar pipas ou simplesmente
para falar da vida e
como Sandra diria
naquela hora eram crianças
e eram sábias,despertas
enquanto o mundo dormia.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Algum Dia Você Poderia?

Manchei o mapa quotidiano
jogando-lhe a tinta de um frasco
e mostrei oblíquas num prato
as maçãs do rosto do oceano.

Nas escamas de um peixe de estanho
li lábios novos chamando.

E você? Poderia
algum dia
por seu turno tocar um noturno
louco na flauta dos esgotos?

1913
Maiakovski
tradução Aroldo de Campos

*************************

A poesia do bueiro Mari,
ele já tinha escrito primeiro.

************************

terça-feira, 19 de agosto de 2008

DE "V INTERNACIONAL" - Maiakóvski



Eu
à poesia
só permito um forma:
consisão,
precisão das fórmulas
matemáticas.
Às paralengas poéticas estou acostumado,
eu ainda falo versos e não fatos.
Porém
se eu falo
"A"
este "a"
é uma trombeta-alarma para a Humanidade.
Se eu falo
"B"
é uma nova bomba na batalha do homem.

1922
(tradução de Augusto de Campos)

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

A liberdade de não poder mais dormir

Sofia de Mello

O poema é
A liberdade

Um poema não se programa
Porém a disciplina
Sílaba por sílaba
O acompanha

Sílaba por sílaba
O poema emerge e
Como se os deuses o
Dessem
O fazemos.

******

Qual é o preço da arte? 605 reais por mês?
quanto se paga de multa e juros por não fazê-la?
tenho que dormir
tenho que acordar
tenho que me manter acordado
tenho que

terça-feira, 5 de agosto de 2008

domingo, 3 de agosto de 2008

sábado, 2 de agosto de 2008

No final, só pude dizer que ...


-Sérgio, foi lindo lindo lindo, apaixonei.

-Apaixonou? Então fique (apaixonado)!

******

Carmem quase que ressucita e diz: não percam essa peça (2em1) por nada : fica até 28 de setembro no OI Futuro/(adeus passado)

experiências sensoriais no banheiro 2


... um pouco diferente da que eu tenho no banheiro d república onde moro ...

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

experiências sensoriais no banheiro 1


nesse aqui experimentei sensação de sufocamento ao tentar enquadrar a foto de uma forma mais ou menos interessante.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Vamos Carmem?


Meu Deus!!! convites para assistir Sergio Britto fazendo Beckett no OI Futuro?
Só perderia para ir no meu prório show, afinal eu já estou morta né? ...

tem coisa mais ordinária do que trote?


Mas eu adoro... e você? não?
hehehe
a foto me custou duas moedas no copinho, mas o rapaz estava tímido e não mostrou o detalhe das unhas pintadas no estilo Emilia. A foto deveria ser tirada depois da chopada. Aí eu queria ver resquícios de timidez...

domingo, 27 de julho de 2008

tudo é Decifrável, menos Beatles








Fixing a Hole Lyrics - The Beatles

I'm fixing a hole where the rain gets in
And stops my mind from wandering
Where it will go
I'm filling the cracks that ran through the door
And kept my mind from wandering
Where it will go
And it really doesn't matter if I'm wrong
I'm right
Where I belong I'm right
Where I belong.
See the people standing there who disagree and never win
And wonder why they don't get in my door.
I'm painting the room in a colourful way
And when my mind is wandering
There I will go.
And it really doesn't matter if
I'm wrong I'm right
Where I belong I'm right
Where I belong.
Silly people run around they worry me
And never ask me why they don't get past my door.
I'm taking the time for a number of things
That weren't important yesterday
And I still go.
I'm fixing a hole where the rain gets in
And stops my mind from wandering
Where it will go.
******
precisa escrever mais? sómente te pergunto Jhon,
aonde pertenço eu?

Muito à beira... on the edge.


Procurando por essa imagem no Deus Google me deparei com esste blog:
http://abeiradeumataquedenervos.com.br/
e pensei ... que engraçado, um blogue BOFE com esse nome! HAHAHA
no melhor sentido que palavra BOFE pode ter. Saca? lembrei dum amigo meu baixista o Felipe Lidia quando virou crente, que ia a uns congressos de homens de deus ... e eu dizia que era o encontro de BOFES de jesus e ele adorava. hehe
bons tempos ... sim, acabei de ficar nostalgico. mas quem não fica?
aí ri um pouco do que tinha lido e deixei um comentário sacana dizendo "entendo porque vocês ficam carecas..." O cara contava as estórias dele de uma forma muito diferente dos blogs poéticos e existencialistas que eu leio, mas eu vi ali a sua sensibilidade, só que numa lingua diferente da minha...
Depois li o seu perfil entitulado "quem escreve essas porcarias" e adorei! o cara dizia que tava mesmo ficando careca .
acho que minha intuição esta a flor da pele porque antes de ontem identifiquei um escorpiano no meio da nossa primeira conversa e ele não acreditou que eu tinha adivinhado.
bom, resumindo o que queria falar ... é que estava procurando algo muito feminista para blogar e resolvi ser solidário com meus camaradas ...

Mulheres ... cuidem bem de seus Homens ... e dos que não são seus também! >>>>>

hehehe

Não minha óni, não dou conta ...

Hoje descobri que uma amiga minha tem dois blogs...
affe... mal dou conta de um!

sábado, 26 de julho de 2008

eu falo com o moço do espelho


hehehehe







michael jackson - men in the mirror
lyrics

se vocês soubessem ...

...como deu trabalho para aprender sozinho a editar html, e colocar esse flash player aqui em baixo e aqui em cima, vocês iam ouvir mais vezes essas músicas.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Ouça até a última corda do piano parar de vibrar








A Day in the Life - The Beatles

I read the news today oh boy
About a lucky man who made the grade
And though the news was rather sad
Well I just had to laugh
I saw the photograph
He blew his mind out in a car
He didn't notice that the lights had changed
A crowd of people stood and stared
They'd seen his face before
Nobody was really sure
If he was from the House of Lords.

I saw a film today oh boy
The English Army had just won the war
A crowd of people turned away
but I just had to look
Having read the book
I'd love to turn you on...

Woke up, fell out of bed,
Dragged a comb across my head
Found my way downstairs and drank a cup,
And looking up I noticed I was late.
Found my coat and grabbed my hat
Made the bus in seconds flat
Found my way upstairs and had a smoke,
and somebody spoke and I went into a dream.

I read the news today oh boy
Four thousand holes in Blackburn, Lancashire
And though the holes were rather small
They had to count them all
Now they know how many holes it takes to fill the Albert Hall
I'd love to turn you on...

*****************************************************
Dedico essa canção à minha querida bruxa e amiga Mari porque chique é ser linda, sensível e inteligente.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Poetas? ...Um bando de desocupados!

Henrique do valle - uma flor num buraco de calçada.


Eu estava na cozinha preparando chá de ervas do campo
quando soltaram os cachorros loucos
eu estava fazendo chá
de ervas do campo
e de repente o espanto
tremendo a chaleira
e bombeando medo

larguei as ervas e danado
precipitei-me à janela
de onde vi
enormes matilhas
com olhos cheios de espumas negras

a espuma invadia a rua
e abraçava postes, que caíam
cheios de oléo e náusea
engolia as pessoas
que alucinadas
enchiam o ar de berros

depois os cachorros foram embora
eu voltei ao meu chá
e lá fora a solidão
e uma flor quase desapercebida.

*************************

amo estar desocupado só para estar com eles ...

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Verotina


Ponha um pouco de mais cor na sua vida.
Felicidade artificial... ou como diria Caio F. :
Ponha uma margarida na sua fossa!
Posted by Picasa

quarta-feira, 9 de julho de 2008

O Sabá


Mesmo Sabendo que em breve será retirado daqui, posto esse vídeo porque tenho que compartilhar com vocês.

Obrigado Sigur Rós, e perdão.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Oh Darling, make it go!


Make it go away ...

foto por Renato Mangolin rmangolin@gmail.com
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domingo, 6 de julho de 2008

Satisfacão


Todos temos direito ao menos à um dos sete pecados.

I love Lucy



quinta-feira, 3 de julho de 2008

Good bye Beevers


Você me fez conhecer qualidades em mim que os olhos não podiam ver.


And it makes me wonder.


Aren't we all just the same? Everything is plastic.


Lovecats !


So wonderfully wonderfully wonderfully wonderfully pretty.
You know there I do anything for you !

A arte que imita a arte ...

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A Arte ...

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segunda-feira, 30 de junho de 2008

domingo, 15 de junho de 2008

Yes I like it a lot ...



Hot Hot Hot!!!
The Cure

the first time i saw lightning strike
i saw it underground
six deep feet below the street
the sky came crashing down
for a second that place was lost in space
then everything went black
i left that basement burning
and i never went back

the second time i saw it strike
i saw it at sea
it lit up all the fish like rain
and rained them down on me
for a second that boat was still afloat
then everything went black
i left it underwater
and i never went back

hey hey hey!!!
but i like it when that lightning comes
hey hey hey!!!
yes ilike it a lot
hey hey hey!!!
yes i'm jumping like a jumping jack
dancing screaming itching squealing fevered
feeling hot hot hot!!!

the third time i saw lightning strike
it hit me in bed
it threw me around
and left me for dead
for a second that room was on the moon
then everything went black
i left that house on fire
and i never went back

hey hey hey!!!
but i like it when that lightning comes
hey hey hey!!!
yes ilike it a lot
hey hey hey!!!
yes i'm jumping like a jumping jack
dancing screaming itching squealing fevered
feeling hot hot hot!!!

domingo, 25 de maio de 2008

Cassino Pó Royale...


Da até morte nesse jogo de buraco.


domingo, 18 de maio de 2008

lay down and lie to me









Clark Gable - The Postal service

Eu estava à espera de um trem no metro de Londres quando percebi
Que Eu tenho que esperado desde o nascimento para encontrar um amor que se pareça como um filme
Então eu me mudei de planos aluguei uma van e uma câmera e, depois, te liguei:
Eu preciso de você para fingir que estamos apaixonados novamente e você concordou.

Queria tanto acreditar que era verdade, que o amor era real
E eu quero vida em cada palavra, na medida em que ela é absurda.

Eu lubrifiquei a lente e enquadrei a fotografia utilizando um amigo como o meu stand-in.
O script pedia chuva, mas aquele dia estava claro , então eu fiz uma falsa.
O marcador disparou e eu gritei silêncio no set e, em seguida, gritei ação!
E te beijei num estilo que Clark Gable teria admirado (pensei que clássico).

Queria tanto acreditar que era verdade, que o amor é real
E eu quero vida em cada palavra, na medida em que ela é absurda

Eu sei que você é sábio além dos seus anos, mas você nunca teve a sensação,
De que sua frase perfeita é apenas uma mentira que você diz a si mesmo pra ajudar-lo a continuar?

Que você diz a si mesmo pra ajudar-lo a continuar
Que você diz a si mesmo pra ajudar-lo a continuar

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Procuro afeto até em bueiros


como era mesmo o título da estoria ?
conversas com o bueiro ?
bueiro abraça me forte ?
meu bueiro profundo?
meu bueiro cabem dois ?

eu e o bu'eu'ro
o bueiro e eu
no buraco do bueiro
a palavara no bueiro
Buuu... Eu?
Mas acho que era: "eu e o bueiro"




não falei que ficava quase construtivista Mari ...

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Agora, depois dos trinta, só bebo daqui.


Segura essa onda de Mussum ...
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segunda-feira, 28 de abril de 2008

Parabéns Mamãe urso


Das filhinhas Bagunceiras ...

sábado, 5 de abril de 2008

Um Chester (por Clarice)


Pouco antes do natal passado ao passar por uma feira matinal de domingo na Tijuca, fotografei esse Peru. A intenção era blogar a foto na hora mesmo, mas não lembro porque razão não o fiz. Sei que na hora que vi no meio da cidade depois de anos, um peru vivo, fiquei um bem surpreso porque depois de um tempo sem esse contato com a vida "selvagem"(hehe) vc passa a achar mesmo que um chester é um bicho de laboratório ou que eles ja nascem embalados naquele plastico ou sequer pensa a origem do mesmo.
Não sou de frequentar feiras (só a da General Glicério que tem um pastel excelente e um chorinho de primeira).Talvez seja muito mais comum do que eu imagine a venda de perus em feiras. de qualquer forma, lembro de terem passado pela minha cabeça uma enxurrdada de idéias que faziam conexões entre si sem muita relevancia dentre eles as cartas da SUIPA que a Regina (minha amiga atriz, budista, e gateira) sempre lia pra mim (na esperança de eu me tornar sócio) especificamente uma carta de um janeiro que falava de dois perus magros rejeitados pelas donas de casa no natal, que foram resgatados nos aviários da cidade, que agora estavam sendo criados como os novos mascotes da Associação.
Lembrei da Ariadne que assistia TV cam as galinhas no sófá quando era criança .
Lembrei também de um conto de Clarice que ela conta a estória de uma galinha que recusou ir para a mesa e voou desconcertadamente para o alto da casa, e imaginei escrever algo referente a essa estória no blog. Vale dizer que dentro da caçamba da caminhonete haviam outros tantos perus não expostos. talvez porque não fossem majestosos como este garoto propaganda, mas fiquei imaginando também que ele poderia ser uma espécie de modelo do criador dede o dia em que recusou ir para o forno e adiquiriu respeito e o carinho das crianças tal como a galinha de Clarisse.
Bom, a história do peru realmente não veio.da estória real podemos especular: talvez tenha continuado majestoso, assado na mesa de natal no seu último momento de glória onde recebeu seus últimos elogios antes de sumir para sempre. talvez esteja ... ou talvez... ou talvez ...

Passei essa noite lendo um blog que gostei... (quase uma epifania) gostei do blog e dos donos (dois bichinhos de olhos arregalados). fiquei horas lendo coisas que me prenderam como ha muito tempo não acontecia na leitura de blogs.
Coisas sobre a Matriochka, uma bonequinha que a Regina trouxe de Moscow pra mim;
Li a estória do seu Zé que largou os vicios e se apaixonou pelo maracujá;
Descobri que nem tem tantas coisas assim que eu ainda preciso fazer antes de morrer (talvez deva fazer algumas de novo);
Maçãs e velhinhos enamorados que me fazem lembrar que preciso voltar a prestar atenção ao mundo à minha volta como se fosse um espelho porque na maioria das vezes o que rejeito dele é exatamente o que quero negar em mim;
Bom saber também que não estou sozinho no mundo quando grito: deixem me ser burro! não quero pensar ou ter opinião ! e que também não sou só eu que esqueço que choro ...
Li uma carta destinada a um tal de amor próprio que me pareceu familiar. será que o destinatário da carta é o mesmo que eu conheço? que vez em quando me dá um trato da forma mais cruel possível (à distância) e no final posso olhar no espelho e vê-lo ali, na forma de uma pessoa melhor...?

Bichinhos de olhos arregalados. Sua companhia essa noite foi muito boa, mas escrevi isso tudo só pra dizer que no meio de tanta coisa descobri uma outra estoria de galinhas por Clarice que me fez lembrar desse peru ali em cima. homenagem feita !

Queria dizer que não é difícil gostar de vocês, memo porque sempre simpatizei com pessoas que chamam Clarice Lispector apenas pelo primeiro nome.
li tanta coisa que perdi a noção do tempo e de repente estava ouvindo Bjork e querendo dizer um monte de coisas ... tudo isso que falei ...

... E que adorei as pernas do papai noel ... ;)
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quarta-feira, 2 de abril de 2008

Campanha para organizar a sacanagem no metrô


é uma putaria, mas é uma putaria de primeiro mundo ... ora bolas.

proxima etapa é separar os vagões por fetiches ...
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Também não foi dessa vez

Summertime and the livin’s easy,
Fish are jumpin’, and the cotton is high.
Oh yo’ daddy’s rich and yo’ ma is good lookin’,
So hush, little baby, don’ yo’ cry.
One of these mornin’s you goin’ to rise un singin’,
Then you’ll spread yo’ wings an’ you’ll take the sky.
But till that mornin’, there’s a-nothin’ can harm you
With daddy and mammy standin’ by.
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