quinta-feira, 9 de julho de 2009

o curioso caso epilético

desliga meus botões
porque não posso respirar.
adia o quanto pode,
mas me deita com as armas.
corta me em quadrantes.
lembra me de sempre esperar
por tudo.
então
o seu telefonema
chega com
apenas
tres dias
de atraso.
ah, agora está passando.
ah, agora estou dançando!
beija meu nome.

Um comentário:

Anônimo disse...

Chorei ao ler... lembrei daquele vídeo do Antony and The Jonhsons. Há nesse poema uma delicadeza que entra na gente e corta feito lâmina culpada. Daí a gente chega ao final e... "beija meu nome". É tão lindo que o assopro vem perdoar a lâmina, sem que seja preciso o pedido.

Adorei!
Beijos.