quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
os discos voadores
Caetano, eu tive a chance, mas não podia.
preciso voltar a tomar meus remédios.
cada vez procuro menos discos voadores no céu
enquanto na terra os humanos me iteressam mais
olhos olhares cores volumes saliências
cheiros cheiros cheiros
nucas
bocas
pés
vozes falas musica te ouço ao pé do ouvido
halitos
ai Caetano, assim eu vou me dar mal
preciso me dar mal
não sei fazer de outro jeito
acho que estes são os discos voadores de que você fala
flying saucers, elephant guns, eleanor rigbys
laughing till my head comes off
I don't want to be john Malcovich.
I want to be me.
rindo ... até minha cabeça sair.
pegue o dinheiro e corra
antes da era do gelo que chega logo.
mulheres e crianças primeiro.
depois você Caetano.
Antes que esse teatro desabe sobre nós
antes que o fogo entre por esses corredores
com carpetes coloridos
e pessoas com roupas e cabelos exóticos corram
desesperadas por suas vidas
vamos então um pouco no telhado
olhar o céu
qualquer hora eu vou acordar
e fazer faxina no quarto
e depois ler um pouco de Caio F.
antes de chegar a próxima visita
ou chegar a era do gelo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
lindo isso, cara. identifiquei algumas referências, depois fui atrás de outras, como num jogo, descobrir o que conheço, querendo depois descobrir o que não conheço. lindas as imagens. e eu diria mais... apesar das palavras que prenunciam um caos, eu senti muita vida. principalmente quando você diz que VAI SE DAR MAL. engraçado, não?
Agora o blog vem com essa de não me publicar nos seus comments? Humpf...ainda mais quando é para dizer todo o amor e admiração por esse escrito! Você se disse nesse texto, néam? Isso pode virar uma peça....tipo um Primeiro Amor... continua seus ditos! Beijos já saudosos de vc
voltei aqui só pra ler NOVAMENTE esse teu poema. é pós-muderno até na espinha!! copiei e salvei. vou decorar pra cantar por aí. pode?
Postar um comentário